terça-feira, 26 de julho de 2011

PET Letras UFPA no XVI ENAPET

O XVI Encontro Nacional dos Grupos PET ocorreu de 12 a 16 de Julho, concominantemente com à 63ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no campus Colemar Natal e Silva da UFG, em Goiânia (GO). Dentre os principais objetivos da reunião, que teve como tema "Diversidade cultural e integração do conhecimento", estiveram a busca por ajuste e revisão da Portaria 975 e o alinhamento das políticas do PET Tradicional ao PET Conexões de Saberes (bem como novos grupos PET). Para esclarecer melhor: no ano de 2010, o Programa de Educação Tutorial sofreu uma modificação significativa na sua estrutura, a partir das Portarias 975 e 976 do MEC (julho de 2010). Estas portarias definem um novo formato legal para o programa e modificam sensivelmente o funcionamento e o próprio processo de formação patrocinado (ou mediado) pelo PET. A desvinculação dos grupos com a graduação, a criação dos grupos já com 12 bolsistas (fim do processo de implementação gradual), a expansão via Edital, a redução da representatividade dos grupos nas suas instâncias decisórias e a rotatividade imposta de tutores estão no centro das discussões desencadeadas pelas portarias.


Plenária de abertura do evento

As discussões foram bastante profícuas e foi estabelecido um Grupo de Trabalho constituído por representantes de grupos PET Tradicional, de PET Novos, de PET Conexões e de alunos petianos, juntamente com a CENAPET (Comissão Executiva Nacional dos Grupos PET). A petiana Evileny Magalhães do PET Letras UFPA foi eleita representante estudantil dos PET da Região Norte no GT da CENAPET.
O ENAPET é momento de  interação de saberes vinculados ao ensino, pesquisa, extensão e educação tutorial entre os grupos PET do Brasil, oportunizando espaço para discussão e apresentação dos trabalhos dos grupos PET de todo Brasil. E o PET Letras também aproveitou a oportunidade apresentando uma prévia de sua pesquisa conjunta por meio da exposição do trabalho intitulado "Aspectos da diversidade linguística na Amazônia".

PET Letras UFPA apresentando trabalho
na programação acadêmica do XVI ENAPET


 As principais observações na pesquisa preliminar do Grupo PET Letras acerca da diversidade linguística na Amazônia revelam essa temática a partir de diversos cenários, em um grande mosaico lingüístico. No estado do Pará, especificamente, há falantes de língua portuguesa, de línguas indígenas, de línguas alóctones e de LIBRAS, convivendo em um mesmo território. As línguas indígenas e a LIBRAS podem ser ditas desprestigiadas em comparação à língua considerada dominante, que nesse caso é a língua portuguesa. As outras como a língua japonesa gozam de certo prestígio. Em relação às línguas indígenas, sabe-se que eram faladas cerca de 1300 línguas quando da chegada dos europeus. Porém, devido à “guerra lingüística” travada naquele período e presente até hoje em nossa sociedade, tais línguas foram diminuindo e perdendo sua força. Há, atualmente em todo o território nacional cerca de 154 línguas indígenas, distribuídas em troncos, famílias, línguas e dialetos, que correspondem a apenas 12% de línguas que viviam no Brasil. Na Amazônia estão 72% dessas línguas e no Pará há mais ou menos 25 línguas indígenas sendo faladas diariamente, algumas delas estão ameaçadas de extinção. O PET Letras UFPA discute a necessidade de se  pensar em medidas que possibilitem a preservação e revitalização destas línguas.

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