domingo, 29 de maio de 2011

PET Letras & Núcleo de Educação Popular: empreendendo por uma educação da paz

As atividades de extensão do PET de Letras/Língua Portuguesa da Universidade Federal do Pará começaram a acontecer no Núcleo de Educação Popular "Raimundo Reis" no bairro do Benguí. A primeira sessão do Cine Terceira Idade se transformou em Cine Popular, na sexta-feira, dia 27 de maio. As demais atividades estão em fase de implementação e em breve as anunciaremos. O NEP foi fundado em 23 de outubro de 1989 e é uma instituição sem fins lucrativos que conta com a boa vontade de pessoas interessadas em promover educação popular por uma cultura de paz! A FALE, por meio do PET, abraçou essa causa!
P E T I A NA S no NEP


 Conheça mais sobre o NEP, visite: http://nepbengui.blogspot.com/2010_02_01_archive.html

sábado, 21 de maio de 2011

Grupo de Estudos em Análise do Discurso


O grupo de Estudos em Análise do Discurso é uma das atividades desenvolvidas pelo PET Letras/Língua Portuguesa na Universidade Federal do Pará. Coordenado pela Professora Fátima Cristina Pessoa, especialista em estudos na área.O grupo de estudos é constituídos  por  vinte dois participantes entre estes: professores, alunos do curso de Licenciatura em Letras e áreas afins, que partilham quinzenalmente seus conhecimentos e interesses pela Análise do Discurso. 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

ABRALIN posicionou-se sobre a polêmica do livro didático de Língua Portuguesa

Língua e ignorância

Nas duas últimas semanas, o Brasil acompanhou uma discussão a respeito do livro didático Por uma vida melhor, da coleção Viver, aprender, distribuída pelo Programa Nacional do Livro Didático do MEC. Diante de posicionamentos virulentos externados na mídia, alguns até histéricos, a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LINGUÍSTICA - ABRALIN - vê a necessidade de vir a público manifestar-se a respeito, no sentido de endossar o posicionamento dos linguistas, pouco ouvidos até o momento.
Curiosamente é de se estranhar esse procedimento, uma vez que seria de se esperar que estes fossem os primeiros a serem consultados em virtude da sua expertise. Para além disso, ainda, foram muito mal interpretados e mal lidos.
O fato que, inicialmente, chama a atenção foi que os críticos não tiveram sequer o cuidado de analisar o livro em questão mais atentamente. As críticas se pautaram sempre nas cinco ou seis linhas largamente citadas. Vale notar que o livro acata orientações dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) em relação à concepção de língua/linguagem, orientações que já estão em andamento há mais de uma década. Além disso, não somente este, mas outros livros didáticos englobam a discussão da variação linguística com o intuito de ressaltar o papel e a importância da norma culta no mundo letrado. Portanto, em nenhum momento houve ou há a defesa de que a norma culta não deva ser ensinada. Ao contrário, entende-se que esse é o papel da escola, garantir o domínio da norma culta para o acesso efetivo aos bens culturais, ou seja, garantir o pleno exercício da cidadania. Esta é a única razão que justifica a existência de uma disciplina que ensine língua portuguesa a falantes nativos de português.
A linguística se constituiu como ciência há mais de um século. Como qualquer outra ciência, não trabalha com a dicotomia certo/errado. Independentemente da inegável repercussão política que isso possa ter, esse é o posicionamento científico. Esse trabalho investigativo permitiu aos linguistas elaborar outras constatações que constituem hoje material essencial para a descrição e explicação de qualquer língua humana.
Uma dessas constatações é o fato de que as línguas mudam no tempo, independentemente do nível de letramento de seus falantes, do avanço econômico e tecnológico de seu povo, do poder mais ou menos repressivo das Instituições. As línguas mudam. Isso não significa que ficam melhores ou piores. Elas simplesmente mudam. Formas linguísticas podem perder ou ganhar prestígio, podem desaparecer, novas formas podem ser criadas. Isso sempre foi assim. Podemos ressaltar que muitos dos usos hoje tão cultuados pelos puristas originaram-se do modo de falar de uma forma alegadamente inferior do Latim: exemplificando, as formas "noscum" e "voscum", estigmatizadas por volta do século III, por fazerem parte do chamado "latim vulgar", originaram respectivamente as formas "conosco" e "convosco".
Outra constatação que merece destaque é o fato de que as línguas variam num mesmo tempo, ou seja, qualquer língua (qualquer uma!) apresenta variedades que são deflagradas por fatores já bastante estudados, como as diferenças geográficas, sociais, etárias, dentre muitas outras. Por manter um posicionamento científico, a linguística não faz juízos de valor acerca dessas variedades, simplesmente as descreve. No entanto, os linguistas, pela sua experiência como cidadãos, sabem e divulgam isso amplamente, já desde o final da década de sessenta do século passado, que essas variedades podem ter maior ou menor prestígio. O prestígio das formas linguísticas está sempre relacionado ao prestígio que têm seus falantes nos diferentes estratos sociais. Por esse motivo, sabe-se que o descon hecimento da norma de prestígio, ou norma culta, pode limitar a ascensão social. Essa constatação fundamenta o posicionamento da linguística sobre o ensino da língua materna.
Independentemente da questão didático-pedagógica, a linguística demonstra que não há nenhum caos linguístico (há sempre regras reguladoras desses usos), que nenhuma língua já foi ou pode ser "corrompida" ou "assassinada", que nenhuma língua fica ameaçada quando faz empréstimos, etc. Independentemente da variedade que usa, qualquer falante fala segundo regras gramaticais estritas (a ampliação da noção de gramática também foi uma conquista científica). Os falantes do português brasileiro podem fazer o plural de "o livro" de duas maneiras: uma formal: os livros; outra informal: os livro. Mas certamente nunca se ouviu ninguém dizer "o livros". Assim também, de modo bastante generali zado, não se pronuncia mais o "r" final de verbos no infinitivo, mas não se deixa de pronunciar (não de forma generalizada, pelo menos) o "r" final de substantivos. Qualquer falante, culto ou não, pode dizer (e diz) "vou comprá" para "comprar", mas apenas algumas variedades diriam 'dô' para 'dor'. Estas últimas são estigmatizadas socialmente, porque remetem a falantes de baixa extração social ou de pouca escolaridade. No entanto, a variação da supressão do final do infinitivo é bastante corriqueira e não marcada socialmente. Demonstra-se, assim, que falamos obedecendo a regras. A escola precisa estar atenta a esse fato, porque precisa ensinar que, apesar de falarmos "vou comprá" precisamos escrever "vou comprar". E a linguística ao descrever esses fenômenos ajuda a entender melhor o funcionamento das línguas o que deve repercutir no processo de ensino.
Por outro lado, entendemos que o ensino de língua materna não tem sido bem sucedido, mas isso não se deve às questões apontadas. Esse é um tópico que demandaria uma outra discussão muito mais profunda, que não cabe aqui.
Por fim, é importante esclarecer que o uso de formas linguísticas de menor prestígio não é indício de ignorância ou de qualquer outro atributo que queiramos impingir aos que falam desse ou daquele modo.. A ignorância não está ligada às formas de falar ou ao nível de letramento. Aliás, pudemos comprovar isso por meio desse debate que se instaurou em relação ao ensino de língua e à variedade linguística.


Maria José Foltran
Presidente da Abralin
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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Dá no mesmo ensinar gêneros e trabalhar com textos?

"Dá no mesmo ensinar gêneros e trabalhar com textos?" esse é o tema do II SISEL – Seminário: Interação e Subjetividade no Ensino de Línguas, um evento realizado pelo Grupo de Pesquisa em Discurso, Sujeito e Ensino (DISSE), sediado no Instituto de Letras e Comunicação da Universidade Federal do Pará. Que tem como objetivo explorar as conseqüências teóricas e práticas da tomada de uma concepção de sujeito para a discussão de questões relacionadas ao ensino de línguas hoje.
A primeira edição do SISEL aconteceu em maio de 2010, com a presença dos professores Valdir Heitor Barzotto e João Wanderley Geraldi, e contou com cerca de 300 participantes.
O II SISEL será um evento nacional e ocorrerá na UFPA, em Belém, nos dias 22, 23 e 24 de setembro de 2011. Serão abertas 500 vagas para inscrição, incluindo as modalidades ouvinte e apresentador de comunicação oral. O público-alvo do evento são alunos e ex-alunos de graduação e pós-graduação, professores da Educação Básica, professores do Ensino Superior e pesquisadores nas áreas de Letras e Educação. A programação contará com pesquisadores de diversas regiões do país e de instituições como USP, UFPE, UFRN, UFBA, UFRR e UFG.

As inscrições já estão abertas, confira mais no site: www.2sisel.com.br

ATENÇÃO: Já há poucas vagas!

IV Seminário Rosiano

Nos dias 29 e 30 de junho será realizado na Universidade Federal do Pará (UFPA), o IV seminário Rosiano:Guimarães Rosa em perspectiva interdisciplinar.A quarta edição do Seminário Rosiano tem por temática principal a interdisciplinaridade como perspectiva de estudo da obra de Guimarães Rosa, cuja crítica demonstra uma excepcional abertura para o diálogo com outras disciplinas, dentro e fora do campo literário.

Segue o link ilustrando o evento e as informações sobre a  participação como ouvinte ou ainda apresentando trabalho.

Para mais informações sobre o evento: eellip@hotmail.com

sábado, 14 de maio de 2011

I INTERPET DA UFRA

No sábado 07/05/2011, das 08:00 às 18:00, ocorreu o I INTERPET da UFRA (Universiade Federal Rural da Amazônia) com o tema : "Os grupos PET na conjuntura da maior Universidade Federal Rural multicampi do Brasil". O evento foi realizado pela PROEN e PROEX com organização do grupo PET-Agronomia/UFRA no auditório ICIBE/UFRA (campus Belém ). O evento foi marcado pela apresentação de trabalhos e pesquisas que vêm sendo realizadas pelos grupos PET de Belém e do interior do Estado vinculados à UFRA. Foi um momento que possibilitou a interação entre os grupos PET., já em preparação para as discussões políticas dos grupos que deverão ocorrer no ENAPET, em Goiânia.

A petiana Ana Castilho e a tutora Marília Ferreira paticiparam do evento representando todos os membros do grupo PET LETRAS/LÍNGUA PORTUGUESA da UFPA.